Conan: Capítulo 10 - Rei da Aquilônia (39 a 46 anos)

por Fernando Neeser de Aragão
em 07/10/2004

 

Cronologia de Conan, o Bárbaro

Interpretada por Fernando Neeser de Aragão
Baseada parcialmente na obra de Robert E. Howard, John D. Clark, P. Schulyer Miller. Jim Neal e Marvel Comics

CAPÍTULO 10

REI DA AQUILÔNIA (39 a 46 anos)

Xamãs na Fronteira/ Traição!

Apenas o Forte Tuscelan oferece proteção aos colonos da região da Terra dos Pictos conhecida como Conajohara, situada entre o Rio Trovão e o Rio Negro. Conan salva a vida de um jovem colono chamado Balthus, e logo se vêem enfrentando um demônio da floresta a serviço do mais poderoso dos xamãs pictos, Zogar Sag (A Fronteira do Fim do Mundo/ ESC 14).
Após várias emboscadas e capturas, a dupla se vê perseguida por feras selvagens que servem a Zogar Sag. Conan espanta os animais com o antigo sinal de Jhebbal Sag, o qual aprendeu anos atrás. Ele tenta alertar o forte, mas este já está sob ataque e condenado. Conan deve finalmente matar tanto Zogar Sag quanto o demônio da floresta, que é um filho de Jhebbal Sag, buscando se vingar do Cimério por este ter usado o símbolo. Balthus é morto pelos pictos, e Conan promete matar dez pictos em retribuição (Os Filhos de Jebbal Sag/ ESC 15).
Apesar da queda do Forte Tuscelan, o sucesso de Conan contra os pictos resulta na sua promoção a capitão. Infelizmente, os pictos possuem outros recursos, incluindo uma aparente infinidade de guerreiros, Sagayetha, sobrinho de Zogar Sag, e a ajuda de um traidor aquiloniano, o General Visconde Lucian. Sagayetha possui o poder de seu tio sobre os animais, e envia uma infestação de serpentes contra os soldados. Mas Conan conduz os defensores para a vitória final na campina do Massacre, e mata o xamã, salvando a fortaleza de Velitrium. Por isto ele é promovido a general, e chamado de volta à capital da Aquilônia para um desfile triunfal (Lua de Sangue/ ESC 26).

Após conduzir à vitória seu Regimento Leão na Segunda Batalha do Massacre dos Prados, Conan retorna a Tarântia. Mas a parada real em sua homenagem simplesmente reforça a paranóia do rei Numedides. Na corte, o Cimério encontra o sinistro novo conselheiro do rei, o feiticeiro Thulandra Thuu, o filósofo Alcemides, e um trio de valorosos que se opõe secretamente ao domínio despótico do rei: Conde Trocero de Poitain, seu general, Lorde Prospero, e Dexitheus, um sacerdote de Mitra. Naquela noite, Numedides atira Conan na temível Torre de Ferro - e uma dançarina tatuada que se interessou por ele é esfolada viva por ordem do rei. O trio de conspiradores contrata uma arruinada Valéria para resgatar Conan. Depois disto, ele e Val se separam novamente - ela volta ao mar, e ele segue para os Pântanos Bossonianos, para incitar a revolta de seu velho Regimento Leão contra o tirânico Numedides (Na Torre de Ferro/ ESC 116). 

De volta às Barachas/ Revolução!

Entretanto, incitar uma revolta não é tão fácil quanto parece, e Conan logo se vê sozinho na Terra dos Pictos, envolvido em um cabo de guerra de quatro lados pelo tesouro perdido do lendário pirata Sanguinário Tranicos, escondido em uma caverna guardada por um demônio negro. Os outros três conspiradores são o Conde Valenso, um nobre que fugiu da corte de Kordava, o pirata zíngaro Zarono Negro, e o pirata baracho Strom - tendo um mapa do tesouro como foco. Os dois últimos são conhecidos por Conan de seus dias como pirata. Ele fica sabendo que Valenso fugiu para a floresta para escapar de um demônio sem nome, que o perseguiu até o norte através de magia e agora está instigando os pictos. O demônio sem nome envia os pictos contra a fortaleza de Valenso, e mata pessoalmente o nobre. Os piratas são mortos na batalha. Conan foge com Belesa, sobrinha do nobre falecido e sua serva, Tina, e assume o comando do navio Mão Vermelha ("O Estrangeiro Negro"/ inédita no Brasil). Ele volta à vida de pirata nas Ilhas Barachas, por alguns meses, até ocorrer um naufrágio, do qual sobrevivem apenas o Cimério, a pequena Tina e Lady Belesa. A chegada providencial de um navio trazendo Trocero, Prospero, Públius e Dexitheus leva Conan a se juntar a eles na luta para derrubar o tirano aquiloniano - utilizando parte do tesouro de Tranicos para financiar a revolução(*).

Enquanto Conan e seus aliados estão iniciando sua rebelião, estoura uma guerra civil na fronteira picta. Lorde Valerian, um partidário do rei, planeja um ardil traiçoeiro para entregar a cidade de Schohira aos pictos, mas um batedor chamado Gault Filho de Hagar descobre a trama - e mata outro dos ubíquos xamãs pictos (Wolves Beyond the Border/ SSC 59/ Demons of Ghost Swamp/ SSC 76). Numedides, que se banha no sangue de donzelas assassinadas ritualmente numa tentativa de recuperar sua juventude, caiu totalmente sob controle de seu 'feiticeiro de estimação', Thulandra Thuu, que nutre secretamente a ambição de ocupar pessoalmente o trono. Neste meio tempo, enquanto ele e seus aliados estão reunindo um exército em Argos, Conan imprudentemente se envolve com uma bela dançarina chamada Alcina, que trabalha secretamente para Thulandra Thuu. A força de Conan tenta entrar na Aquilônia, mas é emboscada e expulsa. Mesmo assim, Conan não desiste da batalha contra o general de Numedides, Amulius Procas (Um Trono à Beira do Abismo/ ESC 37). Outras pessoas influentes aos poucos se juntam à causa de Conan, incluindo o antigo tesoureiro Publius. O Cimério, envenenado por Alcina, se mostra forte demais para ser morto pelo veneno, mas fica paralisado, e só pode assistir enquanto o Conde Trocero retorna com tropas adicionais a tempo de salvar sua força do exército de Amulius Procas. Enquanto lentamente se recupera, Conan se amarra à sela de seu cavalo para que possa liderar seus valentes soldados através do Rio Alimane, que forma a fronteira da Aquilônia com Zíngara. Depois que Alcina apunhala o General Amulius Procas, cuja lealdade não pode ser comprada, Thulandra Thuu coloca o nobre Conde Ascalante no comando da Legião da Fronteira da Aquilônia, mas Ascalante se mostra um líder incapaz, e logo se vê fugindo do país em desgraça. As legiões de Conan vencem a batalha contra as de Numedides e Thulandra Thuu (Revanche no Alimane/ ESC 38). 

Rei Conan da Aquilônia!

Enquanto o exército continua sua marcha implacável em direção a Tarântia, um Conan restabelecido recupera um amuleto usado pela traiçoeira Alcina. Logo em seguida, a força do Cimério entra triunfante na província de Poitain de Conde Trocero, e ele é saudado pela primeira vez como 'Conan, o Libertador'. Ele gosta do som disso. Enquanto Thulandra Thuu se prepara para entrar diretamente na luta e de forma mística, Conan salva uma tribo de sátiros das tropas aquilonianas. Ele também descobre, por acidente, que o amuleto de Alcina é na verdade um talismã místico dado a ela por Thulandra Thuu, que permite a ele às vezes bisbilhotar suas conversas e descobrir os planos do feiticeiro. Com esta informação e a ajuda de um sátiro chamado Gola, Conan conquista um novo triunfo sobre seus inimigos (Sangue dos Sátiros/ ESC 39). A estrada para Tarântia agora está aberta, e Conan avança rumo a capital. Lá, quando Numedides tenta fazer o que quer com Alcina, Thulandra Thuu é forçado a demonstrar qual deles realmente está no comando. Mas é tarde demais. Conan e seu exército tomam o palácio. Apesar de Thulandra Thuu escapar utilizando magia, Numedides é morto por Conan, que coroa a si mesmo na presença de seus soldados leais. Conan bane Alcina, sob ameaça de morte se ela for vista novamente no reino. Conan agora é o monarca da Aquilônia (Conan, o Libertador/ ESC 40).

Nota: Na ESC 40, a província aquiloniana de Thandara é uma das últimas a aderir ao general Conan. Na pág. 81 da CB 35, entretanto, o criador do Bárbaro diz que, ao saber 'que a Aqulônia estava dividida pela guerra civil e que o Cimério disputava a coroa, Thandara tomou partido de Conan imediatamente'. Todavia, a falha de L. Sprague De Camp e Lin Carter é perdoável, pois a citada 'Nota Sobre Vários Povos da Era Hiboriana', de Howard, só foi encontrada - segundo eu soube - na década de 90 (portanto, vários anos após a publicação da saga 'Conan, O Libertador').

Porém, a necessidade de lidar com os assuntos da corte e do estado, logo deixam Conan impaciente com esse negócio de 'reinar'. Ele resiste à tentação de reagir enfurecido quando o menestrel Rinaldo, que antes cantava a tirania de Numedides, agora castiga o novo soberano em suas baladas. Nem mesmo Thulandra Thuu e Alcina deixaram realmente o reino; ao invés disso, eles conspiram em uma floresta não muito distante da capital. Em uma caçada real, Conan é aparentemente morto - e Thulandra Thuu toma seu lugar, utilizando magia para assumir a aparência do Cimério. Mas Conan sobreviveu e mata o feiticeiro - e, para recompensar Alcina por sua ajuda em um momento crucial, ele lhe dá uma quinta na província (O Reino de Thulandra Thuu/ ESC 126). Mas a coroa do rei Conan ainda repousa sem sossego em sua cabeça, pois quatro homens conspiram secretamente contra ele - o sangue azul Dion, o Capitão Gromel dos Dragões Negros, o ambicioso Volmana, e o menestrel Rinaldo. Eles secretamente trouxeram de volta o Conde Ascalante, para servir de ponta de lança na tentativa deles de derrubar o usurpador. Ascalante trouxe consigo um escravo stígio recém comprado - ninguém menos do que o arquimago Thoth-Amon, que está preso a ele por uma espécie de chantagem. Entretanto, quando o estúpido Dion permite que Thoth recupere seu poderoso Anel da Serpente, o stígio o mata e envia um demônio-macaco para matar Ascalante 'e todos com ele'. A última categoria inclui Conan, já que Ascalante, os outros conspiradores, e uma força armada estão atacando o rei em sua cama. Entretanto, em um sonho que não era um sonho, Conan se encontrou com o antigo feiticeiro Epimetheus, que inscreveu um símbolo mágico da fênix em sua espada - e após o demônio-macaco matar Ascalante e os rebeldes que o Bárbaro ainda não eliminou, o Cimério mata o monstro com sua espada encantada (A Fênix na Espada/ Conan - Espada e Magia 1). 

Thoth-Amon de novo... e Tsotha-Lanti

Sem saber que Dion já está morto, o rei Conan parte com um contingente de soldados para as terras do nobre próximas de Tarântia. Ele chega para descobrir que Thoth-Amon, que já partiu, preparou uma armadilha mística na propriedade de Dion; vários de seus homens são mortos antes que possam escapar. Um oficial - que secretamente afastou os guardas dos aposentos de Conan na noite anterior para que os rebeldes pudessem atacar - percebe o erro de seus atos e se sacrifica para salvar a vida de Conan (A Fênix na Sombra/ ESC 130).
Obs.: A única falha, na aventura acima, é o fato do rei Conan falar de Toth-Amon como se nunca o tivesse visto pessoalmente. Roy Thomas, como se vê, acabou contradizendo a dupla L. Sprague DeCamp/Lin Carter (ESC 25) e a si mesmo (ESC 102)!

Após tudo isso, Conan precisa de um descanso. Assim ele e uns poucos servidores seguem para o castelo de Trocero, o Conde de Poitain. Ele encontra Trocero atormentado pelo fato de que sua esposa, Evlena, tentara matá-lo duas vezes nas últimas duas semanas, apesar dela não parecer se lembrar de nenhum destes eventos. Conan descobre que um dos antigos pretendentes de Evlena, por vingança, lhe deu um anel que antes pertencera a ninguém menos do que o próprio Thoth-Amon... e que está influenciando suas ações. Conan sutilmente coloca o anel no dedo do conspirador, e quando um demônio surge para matar Evlena, acaba eliminando no lugar o pretendente amargurado (Anel do Demônio/ ESC 114).

Não muito depois, o rei Conan e grande parte do seu exército são emboscados pelas forças combinadas do rei Strabonus de Koth e do rei Amalrus de Ophir, que o derrotou com a ajuda do feiticeiro kothiano, Tsotha-Lanti. Conan, capturado, se recusa a abdicar em favor do fantoche deles, Arpello. Ele é acorrentado em uma masmorra subterrânea sob a Cidadela Escarlate de Tsotha-Lanti, mas escapa. Vagando pelas passagens subterrâneas, ele encontra outro feiticeiro, Pelias, mantido prisioneiro por plantas comedoras de mentes. Libertado pelo Cimério, Pelias o ajuda a voltar para seu reino montado em um dragão e ele mata Arpello. Os dois reis e seus exércitos são então derrotados na Batalha de Shamar. Conan corta a cabeça de Tsotha-Lanti, que depois é carregada por uma águia gigante rindo com a voz de Pelias. O cadáver sem cabeça de Tsotha-Lanti corre atrás de sua cabeça, enquanto Conan assiste surpreso (A Cidadela Escarlate/ CR 3). 

Um Novo Vento Sopra de Acheron...

Utilizando uma gema mística conhecida como o Coração de Ahriman, quatro homens ambiciosos e conspiradores - Orastes, ex-sacerdote de Mitra; Amalric, barão de Tor; Tarascus, o irmão mais jovem do Rei Nimed da Nemédia, e Valerius, pretendente ao trono da Aquilônia - devolveram à vida Xaltotun, o feiticeiro da antiga e maligna Acheron. Xaltotun foi morto três mil anos antes quando o Coração foi roubado e usado contra ele. Ele conjura uma praga que mata o Rei Nimed e seus filhos; desta forma, Tarascus sobe ao poder na Nemédia, e inicia uma guerra em apoio à reivindicação de Amalric à monarquia aquilônia. O Rei Conan, usurpador sem herdeiros da coroa da Aquilônia, lidera suas tropas para enfrentar o inimigo. Xaltotun aparece a ele à noite, e lança sobre ele um feitiço de paralisia. Pallantides, general dos Dragões Negros, a tropa de elite de Conan, providencia para que um soldado chamado Valannus vista a armadura do rei durante o combate, para que o inimigo acredite que Conan não está ferido. Mas Valannus é morto por uma avalanche provocada por magia, e o indefeso Conan é cercado pelas forças vitoriosas de Tarascus - e é derrubado pela feitiçaria de Xaltotun (A Hora do Dragão/ CR 1). Enquanto os partidários de Conan recuam para Tarântia, a capital da Aquilônia, Conan desperta e se vê acorrentado em uma masmorra sob o palácio em Belverus, capital da Nemédia. Ele é libertado e recebe uma arma de Zenóbia, uma bela garota do harém do Rei Tarascus, que se apaixonou pelo cimério à distância. Após matar um gorila carnívoro que perambulava livremente entre as celas, Conan ouve por acaso Tarascus dar o Coração de Ahriman para um ladrão, para que o lance ao mar em Zingara. Conan fere Tarascus e então foge - prometendo a Zenóbia que voltaria para buscá-la, assim que recuperasse seu trono (O Demônio das Masmorras/ CR 1).

Voltando em segredo para a Aquilônia, Conan salva uma velha bruxa chamada Zelata de desertores nemédios, e fica sabendo que seu reino agora reconhece Valerius como seu rei. Chegando a capital, Conan invade furtivamente a Torre de Ferro para salvar uma partidária sua, a condessa Albiona, e se abriga com ela no templo de Asura, um deus de Vendhya. O sacerdote Hadrathus revela a Conan que está enfrentando um feiticeiro de trinta séculos de idade, e que o Coração de Ahriman é a chave. Conan parte para Zingara. Enquanto isso, o Rei Valerius envia várias figuras encapuzadas misteriosas, exilados de Khitai, para encontrar e matar Conan (Para Tarântia - e a Torre/ CR 1). Conan chega a Poitain, uma província da Aquilônia que já fora independente, mas recusa a oferta do Conde Trocero de se tornar o rei poitainiano. Ele descobre que a gema que procura caiu nas mãos de um mercador a caminho de Argos. Conan consegue brevemente o Coração de Ahriman, pois logo ele lhe é roubado por um homem de armas, Beloso. Finalmente, Conan chega a Messântia, capital portuária de Argos. Lá, Conan encontra Beloso morto - o sinal da Mão Negra de Set estampada em seu peito. A jóia está agora em posse de Thutothmes, sacerdote de Set, e a caminho da Stygia (Swords to the South/ GSCTB 4/ CS 24/ Não publicada no Brasil). Tirado de Messântia narcotizado em um navio mercante, Conan se vê acorrentado ao lado de antigos Corsários Negros, que conheceu quando era Amra ('O Leão'), companheiro de Bêlit, a Rainha pirata da Costa Negra. Ele logo promove um motim, toma o navio, e parte para a Stygia à procura do Coração de Ahriman (Corsários contra a Stygia/ CR 2).

No templo de Set em Khemi, Conan vê Thutothmes e seus sacerdotes serem mortos pelos khitaianos que servem ao Rei Valerius. Conan, por sua vez, os mata e zarpa para o norte com a gema cobiçada (A Sagrada Serpente de Set/ CR 2). Na Aquilônia, os quatro conspiradores originais descobrem que Xaltotun pretende usar sua magia para devolver o mundo à forma que era três milênios atrás. Xaltotun mata Orastes e força os outros três a servi-lo - pois Conan agora marcha em direção a Tarântia liderando o exército Poitainiano. Xaltotun descobre uma misteriosa magia sendo usada contra ele, e descobre que está enfrentando o Coração de Ahriman (Do Pó se Erguerá Acheron/ CR 2). Ele se prepara para usar o sacrifício sangrento de milhares de vidas no campo de batalha para completar seu encanto de restauração - mas Conan e o sacerdote asurano Hadrathus chegam a tempo de detê-lo, e Conan mata o acheroniano. Valerius e Amalric morrem na batalha, restando vivo entre os conspiradores apenas o derrotado Tarascus da Nemédia. Conan, rei novamente, anuncia que pretende tornar a garota de harém, Zenóbia, sua rainha (A Estrada de Acheron/ CR 2).

A Rainha Zenóbia

Logo depois, Conan conduz seus Dragões Negros até Belverus, para escoltar Zenóbia de volta a Tarântia. mas o traiçoeiro Rei Tarascus o captura, e o força a enfrentar um monstro chamado Homenotauro, tendo em jogo a vida da garota do harém. Conan mata o homem-touro, apenas para descobrir que era na verdade o filho do general Pallantides enfeitiçado. A talentosa Zenóbia fere Tarascus com uma flecha, e salva a vida de Conan. Ele percebe que, apesar de ter escolhido sua noiva de forma frívola, ele escolheu bem (A Volta do Conquistador/ CR 3). Enquanto o casamento deles está sendo planejado, Conde Drago, um rebelde aquiloniano, obtém a ajuda de Tsotha-Lanti, outrora mestre da Cidadela Escarlate de Koth. O feiticeiro conseguiu restaurar sua cabeça decapitada ao seu corpo - e com ela, seus poderes místicos. Eventualmente, nos aposentos nupciais, Conan descobre que sua noiva foi substituída por um demônio. Conan o mata, mas Tsotha-Lanti lança a verdadeira Zenóbia em um fosso de crocodilos. Enquanto isso, a vitalidade temporária de Tsotha chega ao fim, e ele cai no fosso - sendo despedaçado novamente pelos répteis famintos enquanto Conan salva Zenóbia. Os dois finalmente se casam pouco tempo depois (A Noiva do Conquistador/ CR 4).

Em um baile de estado em Tarântia, pouco depois, a Rainha Zenóbia é levada por um monstro alado. Recusando qualquer ajuda, Conan parte sozinho à procura dela. Em Khoraja, o feiticeiro Pelias, que ele outrora salvou da Cidadela Escarlate, diz a Conan que o raptor de Zenóbia é Yah Chieng de Khitai. Pelias dá a ele um anel mágico. No deserto, Conan se envolve em uma trama para capturar Thanara, uma cortesã de seu velho inimigo, o Rei Yezdigerd de Turan. Mas logo há uma virada de mesa, e Conan é capturado por Thanara com a ajuda do lótus amarelo, e levado para Aghrapur (A Vingança do Deserto/ RC 2). Conan se recusa a se curvar quando trazido diante de Yezdigerd em seu trono, e consegue escapar mergulhando de uma alta janela no Mar Vilayet. Retomando a capitania sobre alguns piratas que conheceu tempos atrás, ele planeja uma emboscada para Yezdigerd, que não resistiu à tentação de persegui-lo pessoalmente. Conan mata Yezdigerd, pondo fim a uma inimizade que começou no Vilayet durante o Cerco de Makalet, mais de duas décadas atrás. Thanara é carregada por um demônio alado de forma idêntica ao que levou Zenóbia. Conan e sua tripulação partem para Vendhya, onde ele se reúne brevemente com a Rainha Yasmina, a quem ele outrora salvou dos membros do Círculo Negro (Conflito de Titãs/ RC 2).

Conan parte, e cruza a vastidão gelada das Montanhas Himelianas, enfrentando leopardos da neve e abomináveis homens da neve. Chegando nas selvas à oeste de Khitai, ele salva uma jovem mulher chamada Kang Lou-Dze de soldados e de um enorme dragão. Ele fica sabendo que Yah Chieng e suas hordas bárbaras conquistaram Khitai. Por Conan preencher os requisitos da profecia de que um rei salvaria o povo conquistado, muitos guerreiros khitaianos o seguem até a capital, Paikang. Ele mata Yah Chieng e o demônio alado, e salva Zenóbia - com uma pequena ajuda providencial, apesar de incomum, de Crom, deus chefe dos cimérios (O Resgate da Rainha/ CR 6/ RC 3). Logo após o retorno deles a Tarântia, Zenóbia fica grávida.  
 
(*) – A aventura "O Tesouro de Tranicos" – quadrinizada em ESC 90 e 91 – é adaptada de uma versão desnecessariamente alterada do conto "O Estrangeiro Negro", de Howard, estrelado por Conan. A inclusão de Toth-Amon, as referências à fuga de Conan da Torre de Ferro, a mudança do nome do pirata Strom para Strombanni e, principalmente, o final da nova versão do conto (na original, Conan voltava à vida de baracho) foram meramente idéias de L. Sprague DeCamp. Por isso substituí a quadrinização do conto alterado pela versão original do mesmo.

Neste capítulo omiti também a saga das ESCs 178 a 181, devido a uma série de falhas da mesma: Na edição 178, o Cimério deixa morrer uma mulher – coisa que o Conan concebido por Howard jamais faria por pior que ela fosse. Na 179, com a esposa mais segura que ele próprio, ele resolve dar uma de marido fiel (na quadrinização de "Conan O Vingador", publicada em RC 1 a 3, Conan, mesmo com Zenóbia em perigo, transa com Yasmina (RC 2) e Kang Lou-Dze (RC 3). A 180, nem se fala... uma "Moby Dick" da Era Hiboriana? Houve um leitor, poucos meses depois, que escreveu sérias – e merecidas – críticas a isso na seção de cartas da ESC. Na ESC 181, Prospero é chamado de Pallantides e vice-versa (um erro muito comum na pior fase de "Conan Rei" – que foi das edições 7 a 24).

Abaixo, um pequeno índice para facilitar a localização das publicações onde as histórias foram mostradas:

ACB – ALMANAQUE DE CONAN, O BÁRBARO
CA – CAPITÃO AMÉRICA
CB – CONAN, O BÁRBARO
CNA – CONAN, O AVENTUREIRO
CR – CONAN REI
CS – CONAN SAGA
ESC – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN
ESCOR – A ESPADA SELVAGEM EM CORES
HTV – HERÓIS DA TV
RC – REI CONAN
SAM – SUPERAVENTURAS MARVEL
CONAN - ESPADA E MAGIA (LIVROS E BOLSO DA ED. UNICÓRNIO AZUL)

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